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INVASÃO SOVIETICADAS ILHAS KURILAS -  BATALHA DE SHUMSHU

 

 

A invasão da Ilha Shumshu, foi o primeiro estágio da ocupação da Ilhas Kurilas pela União Soviética. Durando de 18 a 23 de agosto de 1945, foi uma das últimas batalhas da Guerra bem como a maior da campanha soviética.

 

  • Forças envolvidas:

 

  • Japão. A 91ª Divisão de Infantaria do Exército Imperial.  Aproximadamente 8.500 homens apoiados por 77 tanques.

  • Soviéticos. Duas Divisões de infantaria apoiadas por um batalhão de Infantaria Naval. Aproximadamente 8.800 homens transportados e apoiados por 64 navios. A deficiência soviética consistia na inexperiência em operações anfíbias e a ausência de navios pesados para suporte de fogo (a maior nave disponível era o caça minas “Okhotsk”, equipado com um canhão de 130 mm e dois de 76 mm).

 

 

  • Situação

 

Prevista para realizar-se no dia 18 de agosto, a força Soviética percorreria a distância entre a base Soviética de Petropavlovsk (Península de hatka) até Shumshu (170 milhas náuticas - 315 km), em 24 horas. Imaginavam, os sovieticos, que as Forças Nipônicas estavam com o moral abalado uma vez que a 15 de agosto o Imperador já havia anunciado a rendição do Pais.

 

A baixa potência de apoio de fogo naval fez com que os Soviéticos optassem pela instalação de uma bateria de quatro peças de 130 mm no Cabo Lopatka (península de Kamchatka) que lhes possibilitaria alcance para cobrir o desembarque previsto para ocorrer a distância de 12 Km desta posição.

 

Como a guarnição Nipônica não esperava o ataque soviético, sua preparação defensiva era insuficiente, porem como as Ilhas Kurilas eram possessão Japonesa desde 1875 e a, importante, base naval de Paramushiro (maior base Japonesa no Pacifico Norte) era próxima, Shumshu era dotada de poderosa artilharia de Defesa Costeira.

 

 

  • Ataque

 

A primeira leva do ataque, 1.000 homens, desembarcou ao amanhecer de18 de agosto, conseguindo completa surpresa, levando a reação desorganizada dos japoneses.

 

Porem a inabilidade Soviética em operações anfíbias impediu que os mesmos explorassem este fator levando-os a avançar desordenadamente aos objetivos primários. Assim o ataque inicial as baterias costeiras nipônicas no Cabo Kokutan foram frustradas devido ao baixo número de atacantes e a qualidade das defesas nipônicas.

 

Estas baterias, apoiadas por outras na região, atacaram os navios soviéticos (16 LCI (L) fornecidos pelos Americanos e designados pelos soviéticos como desantiye suda (DS, ou "landing ship")). Resultando no afundamento de cinco delas, sendo:  

DS-1 (ex-USS LCI(L)-672),  DS-5 (ex-USS LCI(L)-525), DS-9 (ex-USS LCI(L)-554), DS-43 (ex-USS LCI(L)-943) e DS-47 (ex-USS LCI(L)-671).

 

As 9 horas da manhã, os invasores conseguiram contato rádio com a bateria de artilharia do Cabo Lopatka, cuja ação foi particularmente eficiente no apoio as tropas terrestres. Simultaneamente, apesar do mal tempo, a Força Aérea Soviética atacou a base Nipônica de Paramushiro, impedindo que reforços partidos daí oriundo fossem reforçar a guarnição de Shumshu.

 

Estas ações, combinadas, possibilitaram aos Soviéticos firmarem a cabeça de ponte e o desembarque da artilharia de campanha.

 

  • Rendição

 

Apesar de terem recebido, no dia 19, ordens de rendição os combates na Ilhas continuaram até o dia 23 de agosto, quando finalmente os últimos defensores se renderam.

 

  • Conclusão

 

Única real batalha entre os Soviéticos e Japoneses, resultou na perda pelos Soviéticos de cinco navios de desembarque e 1.567 baixas (516 mortos). Já os japoneses tiveram 1.016 baixas (256 mortos).

 

Além da captura de Shumshu, posteriormente os soviéticos completaram a conquista das Ilhas Kurilas, e da base de Paramushiro, em 5 de setembro de 1945.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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