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A BATALHA DA ILHA DE WAKE 

 

 

SITUAÇÃO

 

WAKE, atol com 7 km², no Pacífico Norte, aproximadamente a dois terços da distância do Havaí às Ilhas Marianas e historicamente administrado pelos Estados Unidos. Sua localização estratégica tornou-o um alvos primários quando do incio da guerra.

 

PRELÚDIO

 

Em 1941, a Marinha dos EUA iniciou a construção de uma base no Atol e em agosto chegou a guarnição composta pelo 1º batalhão de defesa dos fuzileiros (449 integrantes). A guarnição, como todo, estava subordinada ao Comandante da Marinha Winfield S. Cunningham e os fuzileiros navais eram comandados pelo Major James Devereux.

Os fuzileiros navais estavam armados, com a dotação normal de armas leves da tropa, canhões de 76.2 mm, metralhadoras antiaéreas de 12 mm (0,50 pol.) e seis canhões de 127 milímetros (5 polegadas) para defesa costeira (removidos do encouraçado Texas).

 

Em novembro de 1941, transportados pelo CV USS Enterprise, o VMF 211 (atual VMA 211) transferiu, 12 F4F - Wildcats ao Atol.

 

Encontravam-se ainda no Atol 68 militares da Marinha e cerca de 1.200 trabalhadores civis.

 

 

PRIMEIRO ATAQUE

 

A 7 de dezembro de 1941, bombardeiros japoneses oriundos das Ilhas Marshall, atacaram  Wake, destruindo oito, dos doze, F4F.

As fortificações foram preservadas, pois o ataque visou apenas os aviões estacionados.

 

Em seguida surgiu a força de invasão, composta pelos:

>  Cruzadores leves Yubari, Tenryu, e Tatsuta;

>  Destróier Yayoi, Mutsuki, Kisaragi, Hayate, Oite, e Asanagi;

>  Dois destróieres antigos convertidos em barcos patrulha (os no. 32 e no. 33),

>  Dois navios de transporte da tropa que transportavam a força naval especial de invasão (SNLF – equivalente Japonês dos Fuzileiros navais Americanos).

Ao amanhecer de 11 de dezembro o Atol repeliu a primeira tentativa japonesa de invasão. Aguardando para que o ataque estivesse ao alcance apropriado, a defesa abriu fogo contra a frota atacante com a artilharia de costa. Em conseqüência foi fundados o destróier IJN DD Hayate (com um tiro certeiro) e danificado o cruzador leve Yubari.

 

O Hayate naufragou com a perda de toda a tripulação, sendo o primeiro navio japonês afundado durante a segunda guerra mundial.

 

Já um ataque aéreo dos F4F restantes afundou outro destróier (Kisaragi), que atingido por uma bomba teve detonadas as cargas de profundidade armazenadas a ré do conves. Diante da violenta reação, a força japonesa retirou-se sem efetuar o desembarque.

Esta foi a primeira derrota japonesa da guerra sendo também a única ocasião, em todo o conflito, em que um assalto anfíbio foi repelido apenas por metralhadoras suportadas por artilharia leve.

A resistência inicial oferecida pelos defensores fez a marinha japonesa destacar os CV's Soryu e Hiryu, que retornavam do ataque a Pearl Harbor, para apoiar um segundo desembarque.

REAÇÃO AMERICANA


Paralelamente aos acontecimentos, a Força Tarefa 14 da US Navy, composta pelos  CV's Saratoga e Lexington, petroleiro “Neches”, transporte “Tânger”, cruzadores Astoria, Minneapolis, e San Francisco escoltados por dez destróier, encaminhava-se a ilha com reforços e suprimentos.

Porem a força recebeu ordens de retornar a Pearl Harbor, devido ao receio de perda dos navios capitais, pois a 23 de janeiro de 42, quando ainda próxima ao Hawai, foi afundado o Neches, atacado pelo IJN SS I – 72 (futuro I - 172).

 

SEGUNDO ATAQUE

 

A 23 de dezembro quando os navios da primeira força de ataque, apoiados por reforços navais, buscou desembarcar 1.500 fuzileiros.
Já então, em apoio, ao norte da ilha, estavam os CV Soryu e Hiryu, dois cruzadores pesados, dois destróier e dois destróier de escolta.

O desembarque iniciou-se de madrugada quando, após bombardeio naval, os barcos patrulha 32 e 33 transportando as tropas foram propositadamente  encalhados na praia e, apesar de  destruídos, lograram desembarcar parte da froça de fuzileiros japoneses. Posteriormente, aproveitando a cabeça de ponte, outras tropas japonesas tambem desembarcaram. O combate durou parte da madrugada e uma manhã tendo a ilha se rendido no meio da tarde.

 

BAIXAS

 

Durando 16 dias e ao final do combate as baixas americanas foram de 49 fuzileiros navais, seis oficiais da marinha e aproximadamente 70 civis mortos e 270 feridos.

As perdas japonesas são estimadas, entre 700 e 900 mortos e quase 1.000 feridos (já considerando as perdas dos navios), ao menos 20 barcaças de desembarque, dois barcos patrulha atacantes e dois aviões do na segunda tentativa.

COMENDAS

 

O capitão Henry T. Elrod (piloto do VMF-211) recebeu a “Medalha de Honra do Congresso”, póstuma, por sua ação na ilha quando, entre outras feitos, derrubou dois caças Zero A6 M e atacou o DD Kisaragi, afundando-o.

O comandante Winfield S. Cunningham e o major James Deveroux sobreviveram a guerra como prisioneiros e receberam “Navy Cross” e a “Bronze Star”, respectivamente, entre outras comendas.
 

EPÍLOGO

 

Dos civis aprisionados, estima-se que 200 permaneceram no Atol fazendo trabalhos forçados. Nenhum sobreviveu a guerra.

 

O Atol manteve-se ocupado durante todo o conflito sendo reocupado pelos USA apenas após seu termino.

 

 

 

Glossário:

SS > Submarino          CA > Cruzador pesado          DD > Destroier          CV > Porta aviões de Esquadra          AAA > Artilharia Anti Aérea          USN > Marinha Americana                  VMF > Denominação dos esquadroes de caça dos Fuzileiros Navais Americanos na WWII                                F4F > "Wildcat" modelo de caça americano

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